quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Vacas Magras

Sábado farei um show voz/violão no Old Estúdio - centro de Goiânia!
R$5!
Vamu?
Texto publicado no blog do evento: http://vacasmagrass.blogspot.com/

diego
leigo

Show, voz e violão, do compositor Diego de Moraes.
Diego tirará de seu pacote de canções, algumas músicas que não estão no repertório de nenhum dos 3 projetos musicais que participa (Diego e O Sindicato, Pó de Ser e a dupla Waldi & Redson). O nome no show vem do fato de Diego ter sido baterista da banda "Leigos" e também por ter se interessado pelo significado oculto da palavra:


"Leigo é a mesma coisa que laico. Leigo vem do latim (laicu). Leigo é sinônimo de ignorante, mas na verdade leigo, assim como laico, significa longe da igreja. Educação laica, ou leiga, é a educação em escolas não-religiosas."

Assim, segue o cara que "reconhece que desconhece" (na idéia socrática: "sei que nada sei") e sabendo-se "ser-no-mundo" (um mascate de sons e idéias).

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

diego leigo

Fiquei muito feliz com o poema
que meu amigo Carlos Brandão fez pra mim
e publicou lá no blog dele:

http://tireodedodomeublog.blogspot.com/2010/09/poerminha-que-fico-pro-meu-amigo-e.html



Um diego laico
um diego prosa
um diego estranho
um certo diego.

Um cantor mascate
um cara sem jeito
um cara sem tempo
um certo sujeito.

Um sujeito massa
dono do sossego
que trafica sonhos
: o diego leigo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Ofensiva contra Nelson Werneck Sodré

Texto meu no DM de ontem:



Senhor Laurentino Gomes, sei que és um jornalista respeitado, que ganhou muita grana com o best-seller 1808. Me decepcionou sua entrevista à Playboy deste mês, onde disse a seguinte asneira:

“A obra do Nelson Werneck Sodré é irrelevante. Na década de 1970, um intelectual menor como ele era celebrado como historiador sério porque era marxista. Ele é um propagandista, um proselitista.”

O senhor, no conforto de dividir a revista com a paraguaia Riquelme, em 3D, vem nos dizer uma besteira dessas? IRRELEVANTE é a difamação sem argumentos, contra o pobre Sodré - um democrata que se revira no caixão, nesse momento... da democracia do Tiririca da Florentina, Laurentino.

Concordo que é uma bobagem dizer que jornalista não deve escrever livros de história – Sodré, por exemplo, além de general, também era historiador “E” jornalista. Porém, quando o senhor diz que “professores de história te boicotam, o que é de uma pobreza lamentável”, penso diferente. “Lamentável” é o boicote ao derrotado Sodré – que merece ser lido, inclusive, como depoimento histórico.

O senhor critica a linguagem dos historiadores e o fato de não narrarem numa perspectiva ampla. Sugiro que leia O ofício do escritor, onde Sodré (clássico no quesito “pespectiva ampla”) defende a clareza da expressão. Se ele estivesse vivo seria um grande crítico dessa “história em migalhas”.

O senhor diz que Sodré era celebrado nos anos 70, enquanto desprezavam Gilberto Freyre e Câmara Cascudo, nas universidades, e completa: “hoje é impossível entender o Brasil sem estudar a obra de Freyre e de Cascudo, enquanto a de Sodré se perdeu na poeira do tempo.”

“Se perdeu” porque nós, pobres seres ignorantes, que devemos escrever a história, ainda não tiramos a poeira dos livros dele. Porque, no nosso conforto, não lemos com o respeito devido o conjunto da crítica literária, da análise da imprensa, da obra historiográfica de Werneck Sodré.

O isebiano Sodré NÃO foi “celebrado” nos anos 70, senhor desatino. Os isebianos, nacionalistas-historicistas, foram, sim, hostilizados pela historiografia acadêmica estruturalista do período.

Sobre o “ranço marxista” e o “contrabando ideológico perigoso” na historiografia. Duas coisitas: o marxismo é minoria na universidade e sua entrevista foi uma das coisas mais “ideológicas” que vi nos últimos tempos – só perde pro filme 2 filhos de Francisco, pro filme do Lula e pra revista Veja.

Recomendo, também que leia o livro A Ofensiva reacionária, onde Sodré narra vários fatos de perseguição ideológica no pré-64. Intelectuais, que sonhavam com “outro Brasil”, sofreram uma “ofensiva”,que se estende aos nossos dias (guardo sua entrevista como um documento disso). Sodré, perseguido em vida, é, agora, perseguido em morte.

Posso discordar do nacionalismo, da tese dos “resquícios feudais” e da militância de Sodré; mas não posso chamar sua obra de “irrelevante”, pois reconheço nela um esforço tremendo de compreensão histórica, uma memória das lutas sociais no Brasil e um trabalho intelectual coerente, aberto ao debate.

Até o nosso amigo Paulo Francis disse, em seu livro sobre 64, que “Nelson é um scholar, talvez mais interessado no saber do que em ideologia”.

O senhor, “caro” Laurentino, fez fortuna escrevendo livro de história e vai em uma revista de circulação nacional “chutar cachorro morto”, desprezar um dos pensadores mais dedicados ao conhecimento histórico nesse país? Tenha dó, né?

Coloque os joelhos no chão e reze, senhor Laurentino, para que, no futuro, nenhum idiota vá em uma revista nacional, dizer que a “SUA” obra é irrelevante.

É muito fácil “atirar a pedra”, o difícil é construir uma crítica bem argumentada.

Se atina Laurentino!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pó de Ser, por Vivi!

Fiquei muito contente
e honrado
ao ler o texto da Vivi
(Flavianny Tiemi,
que é uma
pessoa maravilhosa,
idéia boa!)
sobre o Pó de Ser.

Colo aqui,
de recordação:



Goiânia, território de possibilidades

Em Goiânia, meus caminhos são traçados quase todos os dias por Kleuber Garcêz. Ele, amigo, que é compositor, músico e desenhista! Excelente maravilha, como dizem os mineiros. É o parceiro do Anthony e muitas das canções do Triêro. Atualmente, formou juntamente com o Diego de Moraes (menino talento de Goiás), a banda Pó de Ser. Eu que sou fã, dos dois, tive a oportunidade de assistir a um show do Pó de Ser e também do Sindicatto (outra banda do Diego de Moraes). “Nada convencional, estranho” comentam alguns, outros exclamam: “Não ouvi nada igual nos últimos anos!”. Deixando de lado os comentários alheios, recomendo a todos a ouvirem a banda e buscarem conhecer o Kleuber e o Diego. Nesse dias em Goiânia, além dos artistas que já conhecia como Juraíldes da Cruz e Vida Seca, percebi que tem muito mais. A Sr. Blan Chu, também foi um desses achados.

É por conta desses compositores, que o projeto Parabólica é formulado. O intuito é possibilitar o encontro desses “cantautores”.

Para saber mais, acesse: www.culturaparabolica.com.

Categories: Uncategorized, diário de bordo


Triêro & Blanchu

hoje tem
triêro & blanchu
no cerêrê!

bão pra mim e pra você!

saca o flyer
inter-galático
feito pelo brother
kleuber
(esse "astronauta liberto na terra
pé no chão e cabeça lua) :



mais no site:

http://culturaparabolica.com/




bóra!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

Pois ia

Publicado no DM hoje:



Pois ia...

“Um livro de poesia na gaveta não adianta nada/ Lugar de poesia é na calçada/ Lugar de quadro é na exposição”, cantou o gênio capixaba Sérgio Sampaio, colocando cada lugar na sua coisa. Pouco antes de morrer, esse “poeta do riso e da dor” (já falei dele aqui), esteve em Goiânia, hospedado na casa do cantor Pádua. Sampaio, brother de Raulzito Seixas, foi uma das estrelas do clássico LP Sociedade da Grã-Ordem Kavernista do Brasil, que termina, brilhantemente, com o barulho de uma descarga (Se você nunca ouviu essa obra prima...corre pra baixá-lo aí na internet, meu fi!).

Na última sexta-feira tocou aqui outro “Kavernista”, companheiro de loucura do maluco beleza, o glam Edy Star, no festival Vaca Amarela.

Um dos cabeças desse Festival é o jornalista Pablo Kossa, que vem se destacando como um dos pensadores da urbanidade de nossa cultura . Tal discussão já era levantada em 87 pelo poeta do Criméia Leste, Luiz Fafau (zine Gilete-Press) em sua contribuição ao Manifesto do Salão da Nova Poesia Goiana, com o texto “A cultura do arroz com picles ou Mordendo no pequi”. Dizia Fafau:

“Se o nosso caboclo enrola o seu cigarrinho de palha, em cada esquina da cidade estão apertando mais um fino, e tome crack, e tome coca, e tome heavy, punk, pós-punk, blues; e tome as ruas cheias de carros; e tome neuroses urbanas”.

Me interesso por esse tema aí – tanto aqui nesse espaço, como nas minhas canções e nas discussões na universidade, sobre o capitalismo no Brasil.

E na última terça, tive uma oportunidade ímpar para expor meu ponto de vista e para ter contato com outra realidade daqui, pois lancei o sarau “alimento não-perecível” que é uma realização do Centro Eldorado dos Carajás em parceria com a Associação de Moradores do Conjunto Fabiana. O projeto ocorrerá quinzenalmente e visa abrir um espaço para a declamação, para a criação e para o diálogo de experiências.

A idéia do nome do sarau veio de uma conversa minha com Ana Lúcia, do Eldorado, sobre alimentos não-perecíveis. Como a poesia também pode ser transportada e armazenada por um longo tempo, ela é um tipo de alimento não-perecível.


Maiakóvski dizia ao inspetor de impostos: “A palavra do poeta é vossa ressurreição, vossa imortalidade, cidadão inspetor. Ao cabo de cem anos, dentre maços de papéis, destacarei uma estrofe e farei rememorar esse tempo.”




Enquanto Fafau, nos anos 80, já fazia o chamado para arrancarmos as páginas amarelas e refazermos nossa literatura, o poeta de Iporá, Pio Vargas, também se esforçava nesse sentido. Termino a prosa de hoje com o atualíssimo chamado de Pio (que converge com aqueles versos de Sérgio Sampaio, no começo dessa minha zona textual) em suas considerações necessárias:



“é preciso tirar a poesia da clausura dos concursos, das gaiolas do acaso, do exílio das gavetas, trazê-la para o sabor do consumo rápido e fácil, envolvê-la de popularidade, sem o vulgarismo perigoso do que é descartável, mas também sem a absurda pretensão do que se quer eterno.

poesia para fazer rir e refletir, evoluir e incomodar, propor e decompor. poesia para os botecos, para os gabinetes, para as praças, para os salões de festas, para os mocambos, para as favelas, estúdios, vídeo clipes e palanques.

poesia sem medo, poesia sem trauma, poesia-pão, poesia-sim, poesia-não. pois ia ousar um dia popularizar a poesia.

viva a poesia viva!”



sábado, 18 de setembro de 2010

selecionados para XI Canto da Primavera !


http://www.agepel.go.gov.br/index.html




Agepel divulga lista de artistas selecionados

para XI Canto da Primavera



1)- Trovadores dos Pireneus (Pirenópolis)

2)- Sabah Moraes

3)- Laércio Correntina

4)- Nilton Rabelo

5)- Espetáculo Musical “O Tal do Quintal” (Pirenópolis)

6)- Victor Batista (Pirenópolis)

7)- Marcos Henrique e Santiel

8)- Johnson Machado

9)- Duo 13 (Brasília)

10)- Diego e O Sindicato

11)- Trivoltz

12)- Radiocarbono

13)- Torre de Jamel

14)- Triêro

15)- Bel Maia

16)- Marcelo Barra

17)- Gustavo Veiga

18)- Bloco Boca de Lixo

19)- Som de Gafieira

20)- Cerrado Jazz Trio

21)- Umbando

22)- Alice Galvão

23)- Juraíldes da Cruz

24)- Cláudia Vieira

25)- Grupo Choro Samba

26)- Cristiane Perné

No Capim Pub

"Tô aqui no Capim Pub trocando uma idéia com o Afonsin, falando sobre a vida musical de Goiânia."
(às 00h23min)

Hoje (sábado) tem mais sonzeira!

Mais pra frente... vídeos do dia!

Vai aí o flyer do meu ídolo (um dos únicos ídolos que tenho na vida...):
mm (Maurício Mota):








sexta-feira, 17 de setembro de 2010

"Pobre Cultura", segundo o Nego Dito...


Cultura Lira Paulistana

(letra e música de: Itamar Assumpção)

A ditadura pulou fora da política
E como a dita cuja é craca é crica
Foi grudar bem na cultura
Nova forma de censura
Pobre cultura como pode se segura
Mesmo assim mais um pouquinho
E seu nome será amargura ruptura sepultura
Também pudera coitada representada
Como se fosse piada
Deus meu por cada figura sem compostura
Onde era ataulfo tropicália
Monsueto dona ivone lara campo em flor
Ficou tiririca pura
Porcaria na cultura tanto bate até que fura
Que droga merda
Cultura não é uma tchurma
Cultura não é tcha tchura
Cultura não é frescura
A brasileira é uma mistura pura uma loucura
A textura brasileira é impura mas tem jogo de cintura
Se apura mistura não mata
Cultura sabe que existe miséria existe fartura e partitura
Cultura quase sempre tudo atura
Sabe que a vida tem doce e é dura feito rapadura
Porcaria na cultura tanto bate até que fura
Cultura sabe que existe bravura agricultura
Ternura existe êxtase e agrura noites escuras
Cultura sabe que existe paúra botões e abotoaduras
Que existe muita tortura
Cultura sabe que existe cultura
Cultura sabe que existem milhões de outras culturas
Baixaria na cultura tanto bate até que fura
Socorro elis regina
A ditadura pulou fora da política
E como a dita cuja é craca é crica
Foi grudar bem na cultura
Nova forma de censura
Pobre cultura
Como pode se segura
Mesmo assim mais um tiquinho
Coitada representada
Como se fosse um nada
Deus meu por cada feiúra
Sem compostura
Onde era pixinguinha elizeth macalé e o zé kéti
Ficou tiririca pura
Só dança de tanajura
Porcaria na cultura tanto bate até que fura
Que pop mais pobre pobre pop

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

alimento não-perecível

SARAU

ALIMENTO NÃO-PERECÍVEL


O Sarau não-perecível ocorrerá quinzenalmente na Associação dos Moradores do Conjunto Fabiana. O lançamento do projeto ocorrerá no dia 14/09 (terça feira) às 20 hs na sede da Associação. O Sarau é uma realização do Centro Cultural Eldorado dos Carajás em parceria com a Associação de Moradores do Conjunto Fabiana. O coordenador do projeto é o compositor, poeta e historiador Diego de Moraes Campos. Assim como Sérgio Sampaio cantava “Um livro de poesia na gaveta não adianta nada/ Lugar de poesia é na calçada”, pensamos em tirar os livros das gavetas. A proposta é a de abrir um espaço para a declamação e a produção poética, ou seja, para o diálogo de experiências de vida e de criação estética. .É chegar e colocar na roda poesias próprias ou de outrem. A idéia do nome veio de uma conversa de Diego e Ana Lúcia, do Centro Eldorado dos Carajás, sobre alimentos não perecíveis. Alimentos não perecíveis são aqueles que podem ser transportados e armazenados por longo tempo sem necessitar de refrigeração, como arroz e feijão. Achamos que a poesia é um alimento não-perecível, um alimento para a alma, o cérebro e o coração. A poesia também deve ser transportada e armazenada por longo tempo. O poeta, enquanto indivíduo, morre, perece; mas sua poesia pode reviver. Quando lemos um Vinícius de Moraes, por exemplo, nos alimentamos desse alimento não-perecível que é a poesia. Esperamos que a iniciativa não pereça e incentive a prática poética, a imaginação e a ação. Viver é sonhar e transformar os projetos, as utopias, em realidade. Como disse Paulo Leminski ao poeta goiano Pio Vargas: “viva a vida enquanto viva”.

ALIMENTO NÃO-PERECÍVEL


levar a poesia pra rua e

trazer a poesia do mundo

escrever na vida seu livro e

ler no livro da vida, (o artista)

enquanto vivo

levar e trazer – ouvir e dizer

trocar ,

sair da oca ,

abrir a boca ,

dialogar

(que coisa boa

e louca!)

é pra isso que

esse sarau aqui

existirá

(existe e irá)

não em si,

(vim, vi, ouvi e disse)

mas isso depende de

quem quiser

sair de si,

visse?

tudo perecível

mas parece

que poesia

não perece

“quem

não aparece

desaparece”

diz Zé do Caixão

em sua prece


(Diego de Moraes Campos)

Realização: Centro Cultural Eldorado dos Carajás e

Associação de Moradores do Conjunto Fabiana

Responsável: Diego de Moraes Campos

Lançamento: 14 de setembro (terça-feira)

Horário: 20 hs

Entrada franca.

Local: Associação de Moradores do Conjunto Fabiana

( Rua 4, Qd. 10, s/n. Conjunto Fabiana.

1ª rotatória após a TV Brasil-Central, entra à esquerda e depois 2ª rua à esquerda )

Blog na internet: http://saraunaoperecivel.blogspot.com/

Contatos: 3218-2986

saraunaoperecivel@gmail.com

diegoleigo@gmail.com

eldoradocarajas@yahoo.com.br

Roqueto comenta Sindicato

O brother Ricardo Roqueto, do Vida Seca,
fez um comentário positivo sobre nosso show na Revirada "Gultural",
no palco rock, no último sábado:

http://arteirogo.blogspot.com/2010/09/um-sabado.html

  • Pelo lado musical me chamou a atenção a apresentação do meu companheiro na banda Pó de Ser, Diego, com seu outro projeto, o instigante Sindicato. Eu já havia gostado muito de ve-los no Perro Loco, e ontem foi mais uma oportunidade de ir me aprofudando no vigoroso som que vem produzindo, com uma pegada bem rock and roll e letras(em português, ufa!) muito interessantes, algumas que deixam o público desconcertado.


Pois é.
Abri meu primeiro EP (de 2006), o "Reticências",com uma música chamada "Desculpe-me, mas vou cantar em português"...

Pra quem quiser ouvi-la: http://tramavirtual.uol.com.br/diego_de_moraes

Com essa música eu queria me apresentar dizendo o que não sou.
É uma música que, hoje, JÁ considero "antiga".
Mas foi legal pra demarcar, pra mim mesmo, o que eu queria fazer.


"O modelo do meu carro
que eu comprei só a seis meses
e que já está fora de moda."
( @ArnaldoBaptista )

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

11 de setembro: Diego e O Sindicato aterroriza na Revirada Cultural!

Programaçao fechada - palco rock Revirada

1 GRANDE REVIRADA CULTURAL DE GOIÂNIA -
PALCO ROCK DIAS 10 E 11 DE SETEMBRO -
RUA DO LAZER, CENTRO:

10/09
18h – Palco Rock
18h - Cicuta
18h50 - Trivoltz (GO)
19h40 - Necropsy Room
20h30 - MechanicS (GO)
21h20 - Violins (GO)
22h10 - Viana Moog (RS
23h - Continental Combo
23h50 - Asterdön
00h40 - O Melda (MG)
01h30 - Capellinos (TO)
Rua do Lazer




15h – Palco Rock

15h - Oye!(GO)
15h50 - RadioCarbono(GO)
16h40 - Space Monkeys(GO)
17h30 - Ultravespa(GO)
18h20 - Mersault e a Máquina de Escrever(GO)
19h10 - Boddah Diciro (TO)
20h00 - Johnny Suxxx and the Fucking Boys (GO)
20h50 - Mugo (GO)
21h40 - Diego de Moraes e o Sindicato (GO)
22h30 - Gilbertos Come Bacon (DF)
23h20 – Umbando(GO)
Rua do Lazer – Centro

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

vou montar uma igreja... para me montar...(MATÉRIA DA FOLHA!)

vou montar uma igreja... para me montar...minha salvação (vou abrir um canal de televisão)




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Agora, saca essa reportagem seríssima publicada na Folha:



Folha de São Paulo, 03/12/2009

O primeiro milagre do heliocentrismo

Hélio Schwartsman

Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do
jornal, decidimos abrir uma igreja. Com o auxílio
técnico do departamento Jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa,
Mac Dowell de Figueiredo Gasparian Advogados,
fizemo-lo. Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos e de cinco
dias úteis (não consecutivos). É tudo muito simples.
Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto
religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis.
Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio e seu CNPJ,
pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos
aplicações financeiras isentas de IR e IOF. Mas esses não são os únicos
benefícios fiscais da empreitada. Nos termos do artigo 150
da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que
incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços
relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos
próprios criadores. Ou seja, se levássemos a coisa
adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is"
de bens colocados em nome da igreja.
Há também vantagens extratributárias. Os templos são livres para se
organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus
sacerdotes. Uma vez ungidos, eles adquirem privilégios como a isenção do
serviço militar obrigatório (já sagrei meus filhos Ian e
David ministros religiosos) e direito a prisão especial.


___________________________________________________

PRESTEM ATENÇÃO NOS NOMES DAS IGREJAS, É PRA ARREBENTAR!

- Igreja da Água Abençoada
- Igreja Adventista da Sétima Reforma Divina
- Igreja da Bênção Mundial Fogo de Poder
- Congregação Anti-Blasfêmias
- Igreja Chave do Éden
- Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta (????)
- Igreja Batista Incêndio de Bênçãos
- Igreja Batista Ô Glória!
- Congregação Passo para o Futuro
- Igreja Explosão da Fé
- Igreja Pedra Viva
- Comunidade do Coração Reciclado
- Igreja Evangélica Missão Celestial Pentecostal
- Cruzada de Emoções
- Igreja C.R.B. (Cortina Repleta de Bênçãos)
- Congregação Plena Paz Amando a Todos
- Igreja A Fé de Gideão
- Igreja Aceita a Jesus
- Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém (do Pará?????)
- Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo
- Congregação J. A. T. (Jesus Ama a Todos)
- Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação Para Cristo (quem perder
vai ficar!!!)
- Igreja Pentecostal Uma Porta para a Salvação
- Comunidade Arqueiros de Cristo
- Igreja Automotiva do Fogo Sagrado
- Igreja Batista A Paz do Senhor e Anti-Globo
- Assembléia de Deus do Pai, do Filho e do Espírito Santo
- Igreja Palma da Mão de Cristo
- Igreja Menina dos Olhos de Deus
- Igreja Pentecostal Vale de Bênçãos
- Associação Evangélica Fiel Até Debaixo D'Água ( Corinthiano???????)
- Igreja Batista Ponte para o Céu
- Igreja Pentecostal do Fogo Azul
- Comunidade Evangélica Shalom Adonai, Cristo!
- Igreja da Cruz Erguida para o Bem das Almas
- Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade
- Igreja Filho do Varão (Opa!!! Se puxar o pai vai se dar bem!!!!)
- Igreja da Oração Eficiente
- Igreja da Pomba Branca
- Igreja Socorista Evangélica
- Igreja 'A' de Amor
- Cruzada do Poder Pleno e Misterioso
- Igreja do Amor Maior que Outra Força
- Igreja Dekanthalabassi
- Igreja dos Bons Artifícios
- Igreja Cristo é Show
- Igreja dos Habitantes de Dabir
- Igreja 'Eu Sou a Porta'
- Cruzada Evangélica do Ministério de Jeová, Deus do Fogo
- Igreja da Bênção Mundial
- Igreja das Sete Trombetas do Apocalipse
- Igreja Barco da Salvação
- Igreja Pentecostal do Pastor Sassá
- Igreja Sinais e Prodígios
- Igreja de Deus da Profecia no Brasil e América do Sul
- Igreja do Manto Branco
- Igreja Caverna de Adulão
- Igreja Este Brasil é Adventista
- Igreja E.T.Q.B (Eu Também Quero a Bênção) (????????)
- Igreja Evangélica Florzinha de Jesus
- Igreja Cenáculo de Oração Jesus Está Voltando
- Ministério Eis-me Aqui
- Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia
- Igreja Evangélica A Última Trombeta Soará
- Igreja de Deus Assembléia dos Anciãos
- Igreja Evangélica Facho de Luz
- Igreja Batista Renovada Lugar Forte
- Igreja Atual dos Últimos Dias
- Igreja Jesus Está Voltando, Prepara-te
- Ministério Apascenta as Minhas Ovelhas
- Igreja Evangélica Bola de Neve
- Igreja Evangélica Adão é o Homem
- Igreja Evangélica Batista Barranco Sagrado
- Ministério Maravilhas de Deus
- Igreja Evangélica Fonte de Milagres
- Comunidade Porta das Ovelhas
- Igreja Pentecostal Jesus Vem, Você Fica (Você senta, Jesus levanta????)
- Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo
- Igreja Evangélica Luz no Escuro
- Igreja Evangélica O Senhor Vem no Fim (Só no fim?????)
- Igreja Pentecostal Planeta Cristo
- Igreja Evangélica dos Hinos Maravilhosos
- Igreja Evangélica Pentecostal da Bênção Ininterrupta
- Assembléia de Deus Batista A Cobrinha de Moisés
- Assembléia de Deus Fonte Santa em Biscoitão
- "Igreija" Evangélica Muçulmana Javé é Pai
- Igreja Abre-te-Sésamo
- Igreja Assembléia de Deus Adventista Romaria do Povo de Deus
- Igreja Bailarinas da Valsa Divina
- Igreja Batista Floresta Encantada
- Igreja da Bênção Mundial Pegando Fogo do Poder
- Igreja do Louvre
- Igreja ETQB, Eu Também Quero a Bênção
- Igreja Evangélica Batalha dos Deuses
- Igreja Evangélica do Pastor Paulo Andrade, O Homem que Vive sem Pecados (é
o Cristo em pessoa!!)
- Igreja Evangélica Idolatria ao Deus Maior
- Igreja MTV, Manto da Ternura em Vida
- Igreja Pentecostal Marilyn Monroe (???????)
- Igreja Quadrangular O Mundo É Redondo
- Igreja Evangélica Florzinha de Jesus (Londrina - PR)
- Igreja Pentecostal Trombeta de Deus (Samambaia - DF)
- Igreja Pentecostal Alarido de Deus (Anápolis - GO)
- Igreja pentecostal Esconderijo do Altíssimo (Anápolis - GO)
- Igreja Batista Coluna de Fogo (Belo Horizonte - MG)
- Igreja de Deus que se Reúne nas Casas (Itaúna - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal a Volta do Grande Rei (Poços de Caldas - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia (Uberlândia - MG)
- Igreja Evangélica a Última Trombeta Soará (Contagem - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal Sinal da Volta de Cristo (Três Lagoas - MS)
- Igreja Evangélica Assembléia dos Primogênitos (João Pessoa -PB)
- Ministério Favos de Mel (Rio de Janeiro - RJ)
- Assembléia de Deus com Doutrinas e sem Costumes (Rio de Janeiro - RJ).






arrotando rótulos


no DM
em 12/09
(publico aqui porque gostei da ilustração do ELson)...

.. Arrotando rótulos...

Há algumas semanas publiquei nesse espaço a crônica “Onde é que está meu rock’n’roll?” (o título veio do questão de Arnaldo Baptista no clássico LP Lóki). Nessa narrativa, imaginei o (des)encontro de três personagens caricatos: um emo (simbolizando o modismo), um indie (representando o elitismo antipopular) e um raulseixista-chiita (saudosista que só se interessa por ídolos do passado). Cada caricatura seguia seu rumo intolerante levantando sua bandeirola.
Antes de publicar, com medo de parecer preconceituoso, mostrei o texto para um amigo. Ele me tranquilizou dizendo que entendeu o texto como uma crítica ao preconceito de quem se torna um estereótipo incapaz de dialogar com o outro. Belê!
Eu só queria fazer uma brincadeira pra provocar a reflexão e acabou rendendo uns comentários por aí – na internet, na minha caixa de e-mails e pessoalmente. Muita gente com senso de humor e quem não entendeu a piada.
Outro dia, Higor Coutinho publicou esta crônica no blog dele, um dos melhores blogs de Goiás (goianiarocknews.blogspot.com). Uma moça comentou lá:
“Acho difícil alguém criar algum rótulo realmente bom. E Diego, citou três pseudo-rótulos, pior que isso, deve estar achando genial esta ‘tirada’. Rótulo são para pessoas planas.”
Hehe. Devo rir ou chorar? Minha crônica criticava quem acredita “ser” alguma coisa fixa e não consegue conviver com uma outra “identidade”. Na realidade, foi inspirada em 3 alunos meus, que se hostilizavam, pois cada qual era de uma tribo social distinta – cada um com as portas da percepção fechadas num estilo, no “eu sou”.
A gente não é porra nenhuma. Será que terei que repetir o que os materialistas e os existencialistas já disseram? Não há “essência”, não existe o “eu sou” em si. Eu me torno o que sou através de minhas ações, do que faço de mim, no mundo. Sou uma rede de relações sociais (o “ser-no-mundo” do Heidegger, o “indivíduo social” do Marx). “Eu sou parte de Nós.”