quinta-feira, 23 de julho de 2015

Sou do Rock 2015 - Completo






Post:

https://www.facebook.com/diego.de.moraes/posts/931818250211236?pnref=story


SEMANA DO ROCK – TV UFG!
Valeu Vasconcelos Neto pelo convite pro bate-papo na "Semana do Rock" da TV UFG !
Legal demais estar nesse episódio junto com os grandes e queridos Fal, Brunaite ( Bruno Bonfá ) e o beatlemaníaco Sobreira !
Comento um pouco da minha trajetória torta, hoje como Diego Mascate
(do meu CD novo, da gravação do disco da Pó de Ser, etc.)
bem ali no Mercado Central (cenário perfeito pra essa prosa sobre os “Fritos da Terra”).
Testemunho como é ser meio um CADÁVER AMBULANTE (rsrs) numa época de uma certa “morte do rock” ou do underground.
No fim do vídeo falo da “Eu sou maculelê” (uma canção-esteriótipo que fecha o CD dos Os Canalhas ): https://www.youtube.com/watch?v=oHEJzZL0Y_w
na qual o brother Wander Segundo faz uma espécie de “tipo ideal weberiano”, no qual mistura coisas que eu acho que não tem absolutamente nada a ver – nem do ponto de vista de classe social, nem nos aspectos estéticos.
O que tem a ver o “pop-indie-mpb” da Carne Doce com o “experimentalismo-instrumental” do Vida Seca , com o samba do Quintal Do Jorjão ou com a mpb “goiana” do Marcelo Barra (que, inclusive, NÂO vai Frutos da Terra...) e com a percussão do CORÓ de PAU ?
Um conceito que fala de TUDO não diz NADA, penso.
Eu achava que o termo "Maculelê” (expressão pejorativa introjetada no léxico cultural goiano pelo Alexandre Barbosa , no falecido e polêmico site cybergoiás) tinha a ver com o “folclorismo”.
Mas daí o Segundo vem e inclui a minha tragédia pessoal nessa história pré-conceituosa aí.
Fiquei sem entender, pois simplesmente nada do que eu faço tem essa dimensão “folclórica” (nem mesmo o Waldi & Redson !).
Aliás, eu achava que TUDO que eu fazia na arte tinha uma veia PUNK, "do it yourself" (desde quando comecei num duo – eu, voz e violão, com minha irmãzinha Fernanda Moraes na bateria - num "white stripes do cerrado" - rs).
Por coincidência Os Canalhas postaram essa música no mesmo domingo em que o querido Túlio Fernandes comentou aqui no face que, na opinião dele, ao ir no Bananada, constatou “a morte do rock”.
Na ocasião me perguntei:
“O punk já era ou eu já era punk? Que ‘era’ é essa?”
Sei lá.
Ah, e, ao contrário da letra-ofensiva dos Canalhas, eu não me sinto gênio (quem ouviu a minha “Amigo” viu que eu já gritava isso lá: “Eu não sou nada genial”!), pois tenho clareza que ninguém é porra nenhuma, pois todo mundo caga e morre nesse nosso mundo bizarro.
Segundo o Kleuber o Segundo disse
que eu podia fazer uma música respondendo a provocação dele.
Aceitei o desafio e também fiz uma música a partir de um “tipo ideal,
que canto no fim do vídeo aí.
É um PUNK ROCK chamado “PUNK RICO”,
que fiz com a Mariana Elisa,
narrando as contradições dos filhos da elite, que vivem no conforto neoliberal (na chamada “casa dos pais”) e que se rebelam com o capitalismo, se encantando pela filosofia do “Do it yourself”, de uma forma bem ambígua.
Ampliei o panorama e, nesse personagem da letra, pensamos várias situações pelo Brasil do tipo ideal “PUNK RICO”, citando, inclusive, o paradoxo atual do “roqueiro reacionário” (herdeiros das elites, gente como Lobão, Roger ou Dinho Ouro Preto, que ouviu Sex Pistols na adolescência em Brasília, ao redor do “Aborto Elétrico”) que representa, atualmente bem as contradições daquilo que a Cynara Menezes narrou no texto “A volta do filho pródigo”:
http://socialistamorena.com.br/a-volta-do-filho-de-papai-p…/
Apesar de me tacharem “maculelê”, eu me sinto muito “punk”, vindo de Senador Canedo e criando o caos que faço – inclusive lançando meu último CD sem selo, sem lei de incentivo a cultura, mas escrito na caixinha:
“Produção Independente Dependente de Muita Gente”,
que banquei do meu bolso, com meu mísero salário de professor,
numa espécie de "paradiguima Rogerio Skylab (exemplo de um grande "foda-se" ao sistema, garantindo sua independência artística como funcionário do Banco do Brasil).
Sou um cadáver, sim, talvez uma alma penada feliz cantando “O Romance das Caveiras” de Alvarenga & Ranchinho.
Talvez a “Punk Rico” entre num futuro disco punk que estou compondo.
“I know it's only rock 'n roll but I like it!” 





Nenhum comentário: